Os 50 de Fukushima

No caminho para o trabalho ouvi uma notícia que falava dos 50 abnegados técnicos que estão na usina nuclear de Fukushima tentando impedir um desastre ainda maior. Em outros acidentes, os que estavam muito perto morreram logo em seguida devido aos danos causados pela radioatividade. Fiquei pensando no desprendimento destas pessoas que estão lutando para salvar vidas de pessoas que eles nem conhecem. Não é todo dia que se tem uma oportunidade dessas, mas outras tão importantes quanto se apresentam na nossa vida a todo momento. Mesmo achando que faço pouco, fico feliz por ter contribuído com as vitimas dos desabamentos na serra fluminense e com os desabrigados aqui de São Lourenço. Se cada um fizer um pouco….

A tragédia

Ontem fui dormir preocupada e impotente diante da notícia de que outro tsunami estava se formando na costa japonesa. Felizmente não aconteceu. Hoje li um comentário de um amigo num jornal daqui, a respeito da tragédia no Japão. Ele se questionava sobre o fim do mundo acontecer em 2012 (que nem no filme). Acho que não é para tanto. Particularmente, penso que quando a terra acabar não sobrará nada e muito menos água para colocar uma nova arca de Noé, por mais high tech que seja. A ciência já nos disse que todos os planetas e estrelas um dia acabam e a terra e o sol já tem data marcada para virarem pó: daqui há muitos bilhões de anos. Por outro lado, tenho certeza de que estamos contribuindo muito para a degradação do planeta e, quem sabe, com a antecipação de seu fim. Desastres como o japonês nos deixam entristecidos e chocados pelo grande número de pessoas mortas e desabrigadas e pelo estado de destruição do país. No passado, pode ter acontecido algo semelhante, mas a tecnologia de comunicação não dava conta de contar isso pro mundo. Recentemente, no tsunami da Indonésia se teve muito mais mortos e muito menos imagens. A cena da tsunami varrendo uma cidade parecia um filme catástrofe, mas era a realidade. Se as calotas não se acomodarem de uma vez, pode ser que o Japão desapareça ou fique tão destruído que perca sua identidade, sua história. A tragédia deslocou o país em mais de 2m e também deslocou o eixo da terra. Como se não bastasse o que já aconteceu, a usina nuclear está querendo se romper e pode causar uma destruição ainda maior. Se resta um consolo é que o mundo está solidário com os japoneses e que eles, por terem um senso de grupo muito forte, serão ágeis na recuperação econômica. Já as vidas que se foram….

Te arremanga e vem!

Expressão gaúcha até o cerne, mas que deve estar na mente de todos os haitianos tragicamente atingidos por mais um terremoto. Tudo o que eles precisam agora é de qualquer ajuda. Os estrangeiros que lá estavam, também atingidos duramente, talvez estivessem de passagem, num projeto de ajuda humanitária. Mas e os habitantes do país? De onde se busca força nessa hora para se reinventar e reconstruir a vida depois de mais uma tragédia? A gente se queixa por tanta bobagem…..